Por isso, muitos cemitérios ao redor do mundo se tornaram famosos e ponto de peregrinação turística. O cemitério de Holambra não é, ainda, um ponto turístico, mas abriga muita história.
Sua inauguração data do início da década de 1980. Até então, todos os holambrenses eram enterrados em Jaguariúna, mas, com quando a Sra. Hogenboom (esposa do ex-presidente da Cooperativa) faleceu, o novo cemitério foi construído. As pessoas que haviam falecido anteriormente a esta data, e que foram enterradas nesta outra cidade, receberam placas com seus nomes numa escultura de dormentes situada no fundo do mesmo.

O que mais chama a atenção das pessoas em nosso cemitério é a simplicidade e a beleza do espaço. Ao invés de vultosos túmulos, um enorme gramado. Para identificar as pessoas, apenas uma lápide, simples e padronizada para todos (eu gosto de pensar que seja para nos lembrar de que somos todos iguais). E, como não poderia faltar, flores, muitas flores!

Você sabia que no nosso cemitério são proibidas flores de plástico? Dizem que é para não acumular água parada e virar criadouro do mosquito da dengue. Na minha opinião, seria uma enorme ofensa à cidade que se intitula “das Flores”, ter ali expostos exemplares de um tipo permanente.
Aliás, quando alguém nos deixa, um costume muito comum por aqui, é enviar coroas de flores em homenagem a este ente querido. Para mim, que cresci vendo esta tradição, confesso que estranhei quando fui a um velório em outra cidade e não vi flores por lá.

Já o velório municipal é uma construção bem mais recente: foi erguido em 2008, mesmo ano em que o Moinho Povos Unidos foi inaugurado. Não por coincidência, a cúpula de sua torre recebeu a mesma telha daquele monumento.
Antes disso, os corpos eram velados na casa de suas famílias ou dentro da igreja matriz. Missas eram bastante comuns e ainda são realizadas, especialmente se o falecido for um de nossos pioneiros. Um grupo de gaiteiros e membros do coral prestam sua última homenagem cantando, entre outras, a belíssima música “Immigrant lied”.

Por serem feitos para honrar a trajetória daqueles que se foram, os cemitérios são mais do que lugares tristes. O nosso, em especial, é abraçado pelo Parque da Expoflora – um lugar de magia, alegria e contemplação. Que maneira mais feliz de passar a eternidade, não é mesmo?
